Nesta segunda-feira, 9 de junho, o monumento ao Cristo Redentor exibiu uma projeção mapeada com a hashtag #ChegaDeTrabalhoInfantil, em uma ação simbólica de conscientização sobre o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho.
Resultado de uma parceria entre o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), a Arquidiocese do Rio de Janeiro e o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, a ação tem como objetivo dar visibilidade à causa e sensibilizar a sociedade sobre a urgência de erradicar essa grave violação aos direitos de crianças e adolescentes. A programação teve início com uma cerimônia de abertura e contou com a presença de diversas autoridades e representantes de instituições envolvidas na proteção da infância.
Campanha Nacional
Neste ano, o MPT lançou a campanha nacional de combate ao trabalho infantil com o slogan: “Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro.” A campanha busca mobilizar a sociedade e o Poder Público para a adoção de ações concretas de enfrentamento ao trabalho infantil. A iniciativa tem como correalizadores o MPT, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (FNPETI), a Justiça do Trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Dados do Trabalho Infantil
Em 2023, o Brasil registrou 1,607 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta ainda que 586 mil desses jovens estavam envolvidos nas piores formas de trabalho infantil, o que representa risco elevado à saúde, à segurança e ao desenvolvimento.
No estado do Rio de Janeiro houve um aumento significativo dos casos: de 34.056 em 2022 para 40.768 em 2023, um crescimento de 6.712 casos.
Sobre a Data
O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil foi instituído em 2002 pela OIT. A escolha da data se deu pela apresentação do primeiro relatório global sobre o trabalho infantil, durante a Conferência Internacional do Trabalho, naquele ano.