No Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, celebrado no dia 30 de julho, o monumento ao Cristo Redentor foi iluminado em azul. A ação teve como objetivo chamar a atenção da sociedade para a gravidade desse crime e reforçar a importância da prevenção, do acolhimento às vítimas e da responsabilização dos envolvidos.
No Santuário Cristo Redentor houve uma cerimônia que, além da presença de representantes de instituições que atuam no combate ao trabalho escravo e tráfico de pessoas, teve como destaque a participação de pessoas que foram resgatadas dessas práticas exploratórias, que poderão compartilhar suas jornadas de luta e superação rumo a uma existência com dignidade e autonomia.
A iniciativa é fruto da parceria entre o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), por meio da Coordenadoria Regional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete), a Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro e o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor.
O uso da cor remete à campanha internacional “Coração Azul”, uma iniciativa internacional do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) que busca conscientizar a sociedade para lutar contra o tráfico de pessoas e inspirar aqueles que detêm poder de decisão a promover as mudanças necessárias para acabar com esse crime. O Coração Azul representa a tristeza das vítimas do tráfico de pessoas e lembra a insensibilidade daqueles que compram e vendem outros seres humanos.
A data, que também foi adotada no Brasil como Dia Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, conforme Lei nº 13.344/16, lembra a necessidade de que governos, autoridades, serviços públicos e a sociedade civil avaliem e aprimorem seus esforços para fortalecer a prevenção, identificar e apoiar as vítimas e acabar com a impunidade dessa prática.
O tráfico de pessoas é frequentemente associado à exploração para trabalho escravo, o que torna fundamental estar atento a propostas de trabalho que pareçam fáceis e lucrativas. O MPT-RJ reforça que, em caso de suspeita de tráfico de pessoas e/ou trabalho escravo, as denúncias devem ser feitas pelos canais oficiais: Disque 100, o site Denúncias do MPT e o aplicativo MPT Pardal, disponível para Android e iOS.